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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Diálogo


"Meus queridos amigos, há temas aos quais é preciso voltar sempre.
Um deles é a dificuldade e a necessidade importantíssima de autêntico diálogo.
Recordemos uma verdade verdadeiríssima: se discordas de mim, tu me enriqueces.
Se és sincero e buscas a verdade e tentas encontrá-la como podes, ganharás tendo a honestidade e a modéstia de completar teu pensamento com o pensamento, mesmo de pessoas, que te pareçam muito menos inteligentes e cultas do que tu.
Dom Hélder Câmara

Um dos argumentos mais sérios que nos leva a escutar quem nos fala e, até a ouvir, quem discorda de nós, é saber que Deus fez a inteligência humana incapaz de abraçar o erro total.
Se um sistema filosófico ou econômico, social, um sistema qualquer, for erro de cima a baixo e de lado a lado não há nem perigo de que a inteligência do homem parta para o erro total.
Se a inteligência avança, podes ter certeza de que, no meio dos erros, há verdades prisioneiras.
Ora, quem sabe, quem discorda de mim pode ter descoberto sementes de verdade que me escaparam.
Quem pode pretender ser dono da verdade e ter o monopólio do Espírito Santo.
Feliz de quem se acostuma a ouvir com ouvidos de ouvir porque também é um perigo não ter ideias firmes, ser um cabeça de vento que gira pra onde o vento sopra.
Ótimo é ter ideias, ter princípios, ter opções, prioridades.
Mas permanecer de verdade e não só de faz de conta aberto a ouvir e a aceitar tudo o que é válido.
Atenção, amigos, nós todos precisamos de matricular-nos na escola do diálogo e começar aprendendo de verdade a ouvir.
E fiquemos alertas para a tentação de achar formidáveis, geniais, os que falam de acordo com o que nós pensamos.
E de queimar como quadrados, caretas, os que têm a ousadia de discordar de nós.
Adotemos como um de nossos lemas, queridos, se discordas de mim, tu me enriqueces.”

Dom Hélder Câmara

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Auguste Rodin

Auguste Rodin é um dos mais importantes escultores em bronze da modernidade e sua colaboração para a arte moderna é incalculável. Auguste Rodin nasceu na França em 12 de novembro de 1940, vinha de uma família de classe operaria. Filho de Marie Cheffer e Jean-Baptiste Rodin, foi educado tradicionalmente. Desde criança dava indícios da sua inclinação para a arte e em grande parte da sua vida foi autodidata. Aprendeu a desenhar aos 10 anos e aos 14 foi matriculado na Petite École uma escola de artes onde estudou desenho e pintura. Estudou, também, por conta própria, anatomia humana, utilizando mais tarde estes conhecimentos em suas esculturas. Após deixar esta escola e ser rejeitado em outra escola de artes, Rodin ganhou a vida durante muito tempo como artesão. Mais ou menos nesse período, estudou com Antoine-Louis Barye, grande escultor de animais, o qual lhe influenciou significativamente na sua carreira. Nesse período conheceu e passou a viver com uma jovem costureira chamada Rose Beuret com quem teve apenas um filho.

Decidido na carreira de escultor, especializou-se na criação de esculturas em bronze. Uma de suas primeiras esculturas “O homem de nariz partido”, no entanto, foi rejeitada para o Salão de 1864, considerada inacabada pela banca examinadora devido a superfície vigorosamente enrugada, produzindo no bronze um jogo de reflexões que muda conforme a luz. Um estilo de esculpir possivelmente influenciado por Antoine-Louis Barye.

Sua primeira escultura exposta publicamente foi “A idade do bronze” em 1876, provocando grande escândalo em função dos contornos classificados como chocantes para a época. Apenas dois anos mais tarde, Auguste Rodin alcançou reconhecimento com a obra “São João Batista pregando”. Fama que lhe rendeu a encomenda de inúmeros outros trabalhos, entre eles, a “Porta do Inferno”, uma porta em bronze para o Museu de Artes Decorativas de Paris. A “Porta do Inferno” foi baseada na obra literária “Divina Comédia” de Dante Alighieri e traz cerca de 180 figuras de vários tamanhos nas quais o artista trabalhou até o fim da sua vida.

Rodin foi, também, responsável pela criação de outras obras como “O Beijo”, “O Pensador”, “Balzac”, “Os burgueses de Calais”, “O filho Pródigo”, “A voz interior”.

As esculturas de Rodin eram de um vigor escultórico que pareciam emergir da base em bronze, marcando em seus trabalhos um jogo de luz e sombra. O artista tinha a tendência de ausentar suas peças de pormenores. Além disso, Rodin frequentemente inspirava-se na mitologia e na literatura para dar forma a matéria. Auguste Rodin abriu caminho para a geração seguinte de escultores modernos.

Quase no fim da vida, em 1900, Rodin foi contemplado com um pavilhão inteiro - o Pavilhão das Almas, da Exposição Universal foi destinado aos trabalhos do artista, reunindo ao todo 150 obras.

Rodin morreu em 17 de novembro de

1917 na França. Grande parte de suas obras estão expostas no Museu Rodin em Paris.

Referência:

H.W.Janson. História Geral da Arte – O Mundo Moderno. Martins Fontes: São Paulo, 2001.



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