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Música

Músicas que tocam 





O Quereres
Composição: Caetano Veloso

Onde queres revólver, sou coqueiro e onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo e onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta e onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta e ganha liberdade na amplidão
Onde queres família, sou maluco e onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco e onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez e onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão e onde queres cowboy, eu sou chinês

Ah! Bruta flor do querer Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, eu sou o espírito e onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo e onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói e onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução e onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés e vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou Não te quero (e não queres) como és

Ah! Bruta flor do querer Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, flipper-vídeo e onde queres romance, rock?n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol e onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz e onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro e onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres e o estares sempre a fim do que em mim é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente impessoal e eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total do querer que há, e do que não há em mim




Oceano
Composição: Djavan

Assim que o dia amanheceu lá no mar alto da paixão,
Dava prá ver o tempo ruir cadê você? que solidão!
Esquecera de mim?
Enfim, de tudo o que há na terra não há nada em lugar nenhum!
Que vá crescer sem você chegar
Longe de ti tudo parou ninguém sabe o que eu sofri...

Amar é um deserto e seus temores
Vida que vai na sela dessas dores
Não sabe voltar me dá teu calor...
Vem me fazer feliz porque eu te amo
Você deságua em mim e eu oceano
E esqueço que amar é quase uma dor...

Só sei viver
Se for por você!




Mais Uma Vez 
Renato Russo 
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã 
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã 
Espera que o sol já vem.
Tem gente que está do mesmo lado que você 
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente Veja a nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem.
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!






Hino de Pernambuco

Letra: Oscar Brandão da Rocha / Música: Nicolino Milano

“Coração do Brasil em teu seio
Corre o sangue de heróis rubro veio
Que há de sempre o valor traduzir
És a fonte da vida e da história
Desse povo coberto de glória
o primeiro, talvez, no porvir.

Côro
Salve!...ó terra dos altos coqueiros
De beleza soberbo estendal!
Nova Roma de bravos guerreiros
Pernambuco, imortal! imortal!

II
Esses montes e vales e rios,
proclamando o valor de teus brios,
Reproduzem batalhas cruéis.
No presente és a guarda avançada
Sentinela indormida e sagrada.
Que defende da Pátria os lauréis.
Salve!...ó terra dos altos coqueiros.

III
Do futuro és a crença,a esperança,
Desse povo que altivo descansa,
Como atletas depois de lutar...
No passado teu nome era um mito
Era o sol a brilhar no infinito,
Era a glória na terra a brilhar.
Salve!...ó terra dos altos coqueiros.

IV
A república é filha de Olinda
Alva estrela que fulge e não finda
De esplendor com os seus raios de luz
Liberdade um teu filho proclama
Dos escravos o peito se inflama
Ante o sol dessa Terra da Cruz.
Salve!...ó terra dos altos coqueiros.”


Pra não dizer que não falei das flores
Geraldo Vandré

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.

Pelos campos, há fome em grandes plantações
Pelas ruas, marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de arma na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão

Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a História na mão.

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição...

Auguste Rodin

Auguste Rodin é um dos mais importantes escultores em bronze da modernidade e sua colaboração para a arte moderna é incalculável. Auguste Rodin nasceu na França em 12 de novembro de 1940, vinha de uma família de classe operaria. Filho de Marie Cheffer e Jean-Baptiste Rodin, foi educado tradicionalmente. Desde criança dava indícios da sua inclinação para a arte e em grande parte da sua vida foi autodidata. Aprendeu a desenhar aos 10 anos e aos 14 foi matriculado na Petite École uma escola de artes onde estudou desenho e pintura. Estudou, também, por conta própria, anatomia humana, utilizando mais tarde estes conhecimentos em suas esculturas. Após deixar esta escola e ser rejeitado em outra escola de artes, Rodin ganhou a vida durante muito tempo como artesão. Mais ou menos nesse período, estudou com Antoine-Louis Barye, grande escultor de animais, o qual lhe influenciou significativamente na sua carreira. Nesse período conheceu e passou a viver com uma jovem costureira chamada Rose Beuret com quem teve apenas um filho.

Decidido na carreira de escultor, especializou-se na criação de esculturas em bronze. Uma de suas primeiras esculturas “O homem de nariz partido”, no entanto, foi rejeitada para o Salão de 1864, considerada inacabada pela banca examinadora devido a superfície vigorosamente enrugada, produzindo no bronze um jogo de reflexões que muda conforme a luz. Um estilo de esculpir possivelmente influenciado por Antoine-Louis Barye.

Sua primeira escultura exposta publicamente foi “A idade do bronze” em 1876, provocando grande escândalo em função dos contornos classificados como chocantes para a época. Apenas dois anos mais tarde, Auguste Rodin alcançou reconhecimento com a obra “São João Batista pregando”. Fama que lhe rendeu a encomenda de inúmeros outros trabalhos, entre eles, a “Porta do Inferno”, uma porta em bronze para o Museu de Artes Decorativas de Paris. A “Porta do Inferno” foi baseada na obra literária “Divina Comédia” de Dante Alighieri e traz cerca de 180 figuras de vários tamanhos nas quais o artista trabalhou até o fim da sua vida.

Rodin foi, também, responsável pela criação de outras obras como “O Beijo”, “O Pensador”, “Balzac”, “Os burgueses de Calais”, “O filho Pródigo”, “A voz interior”.

As esculturas de Rodin eram de um vigor escultórico que pareciam emergir da base em bronze, marcando em seus trabalhos um jogo de luz e sombra. O artista tinha a tendência de ausentar suas peças de pormenores. Além disso, Rodin frequentemente inspirava-se na mitologia e na literatura para dar forma a matéria. Auguste Rodin abriu caminho para a geração seguinte de escultores modernos.

Quase no fim da vida, em 1900, Rodin foi contemplado com um pavilhão inteiro - o Pavilhão das Almas, da Exposição Universal foi destinado aos trabalhos do artista, reunindo ao todo 150 obras.

Rodin morreu em 17 de novembro de

1917 na França. Grande parte de suas obras estão expostas no Museu Rodin em Paris.

Referência:

H.W.Janson. História Geral da Arte – O Mundo Moderno. Martins Fontes: São Paulo, 2001.



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