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Resenhas



FACET – Faculdade de Ciências de Timbaúba
Curso: Ciências Contábeis 2º Período Turma: A
Disciplina: Filosofia da Ciência e Ética
Professor: Sueli Rodrigues 
Aluna: Daniele Mendes da Silva

I. OBRA
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe: com notas de Napoleão Bonaparte. Machivelli, Niccoló Traduzido por José. Cretella Jr. e Agnes Cretella. 5 ed. Ver. Da tradução. p.190 – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.

II. CREDENCIAIS DA AUTORIA
Nicolau Maquiavel foi um importante historiador, diplomata, filósofo, estadista e político italiano da época do Renascimento. Nasceu na cidade italiana de Florença em 3 de maio de 1469 e morreu, na mesma cidade, em 21 de junho de 1527.
Filho de pais pobres, Maquiavel desde cedo se interessou pelos estudos. Aos sete anos de idade começou a aprender latim. Logo depois passou a estudar ábaco e língua grega antiga.
Aos 29 anos de idade, ingressou na vida política, exercendo o cargo de secretário da Segunda Chancelaria da República de Florença. Porém, com a restauração da família Médici ao poder, Maquiavel foi afastado da vida pública. Nesta época, passou a dedicar seu tempo e conhecimentos para a produção de obras de análise política e social.
Em 1513, escreveu sua obra mais importante e famosa “O Príncipe”. Nesta obra, Maquiavel aconselha os governantes como governar e manter o poder absoluto, mesmo que tenha que usar a força militar e fazer inimigos. Esta obra, que tentava resgatar o sentimento cívico do povo italiano, situava-se dentro do contexto do ideal de unificação italiana.
Entre os anos de 1517 e 1520, escreveu “A arte da guerra”, um dos livros menos lidos do autor.
Em 1520, Maquiavel foi indicado como o principal historiador de Florença.
Nos “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio”, de 1513 a 1521, Maquiavel defende a forma de governo republicana com uma constituição mista, de acordo com o modelo da República de Roma Antiga. Defende também a necessidade de uma cultura política sem corrupção, pautada por princípios morais e éticos.

III- CONCLUSÕES DA AUTORIA
Maquiavel queria mostrar a contradição entre governar um estado e ao mesmo tempo levar uma vida moral. Tratando sem hipocrisia como um governante deveria agir, ele acabou com uma má fama. Porém, o que ele fez foi desenvolver uma teoria política realista.

IV- DIGESTO
Os Estados e os governos tiveram ou têm poder sobre os homens são repúblicas ou principados. Apontam quais são as duas formas de como o governante chega ao poder, uma pela virtude e outra pela fortuna.
Os Principados Hereditários tem mais facilidade, por fazerem parte de uma família nobre, pois tem direitos ao poder.
O difícil é manter os principados novos que na verdade não são novos, e sim mistos por terem sido incorporados a um Estado hereditário. Pois precisa de apoio para poder ser manter no lugar que conquistou.
O príncipe, conseguindo com que se tornem inimigos todos aqueles que foram incomodados e ofendidos com sua conquista do território, ganhará forças, e diminuirá o risco de perder sua posição, da mesma forma se conseguir reconquistar regiões rebeladas, estas dificilmente lhe serão tomadas.
“Porque razão o Reino de Dário, que Alexandre havia ocupado não se rebelou contra seus sucessores após a morte de Alexandre” Maquiavel responde esse questionamento mostrando duas formas de como o principado é governado: o príncipe com o seu ministro têm maior poder para governa, e a outra forma de governo é o príncipe governando junto com nobres com títulos não dado pelo soberano, mas pela nobreza de sangue, já é mais difícil de governar.
Os Estados que se conquistam estão habituados a viver com suas próprias leis e em liberdade deveriam seguir três caminhos nessa situação: o primeiro é destruí-los; o segundo transferir a residência do soberano para o local conquistado, e o terceiro são deixar o povo viver na sua antiga lei cobrando somente impostos.
Alguns conquistadores chegaram ao poder pelo valor e não pela fortuna como, por exemplo, Moisés, Ciro, Rômulo e Teseu. 
Os que por caminhos nobres, semelhantes a eles, se tornaram príncipes, conquistaram o principado com dificuldades, mas não com facilidade.
Aqueles que conseguem o poder pela fortuna ou sorte devem fazer de tudo
Para adquirir o valor, ou esse governante vai se destituído do poder. São Francisco Sforza, por seus méritos e por seu grande valor, se tornou duque de Milão e o que conquistou com trabalho pelos meios devidos e com grande virtude, e aquilo que com mil esforços tinha conquistado, com pouco trabalho manteve. Por outro lado, César Bórgia, pelo povo chamado Duque Valentino, adquiriu o Estado com a fortuna do pai e, juntamente com aquela, o perdeu; isso não obstante fossem por ele utilizados todos os meios e feito tudo aquilo que devia ser efetivado por um homem prudente e virtuoso, para lançar raízes naqueles Estados que as armas e a fortuna de outrem lhe tinham concedido.
Atos criminosos chegaram ao governo de um Estado, Maquiavel cita alguns exemplos de como algumas pessoas chegaram ao poder pelos crimes, e afirma que se o soberano quer se manter no poder, deve sempre moderar a sua forma bruta usando-a de maneira racional.
Um cidadão que chega ao poder, ou por ajuda do povo ou pela aristocracia e afirma que é mais fácil deste príncipe se manter no poder apoiado pelo povo do que pelos ricos, por esse motivo o monarca deve sempre encontrar uma maneira para que os seus súditos permaneçam sempre fiéis. Para que o soberano possa se manter no poder é necessário pensar em montar um bom exército para a proteção da cidade e ter apoio do povo.
Os principados eclesiásticos, nos quais todas as dificuldades existem antes que se os possuam, eis que são adquiridos ou pela virtude ou pela fortuna, e sem uma e outra se conservam, porque são sustentados pelas ordens de há muito estabelecidas na religião; estas se tornam tão fortes e de tal natureza que mantêm os seus príncipes sempre no poder, seja qual for o modo por que procedam e vivam.
Principado tem mais facilidade de se manter no poder, pois a Igreja tem um poder temporal, por isso que sua estrutura é sólida não correndo o risco de ser disposto. O sistema de defesa usado pelos monarcas para se manter no poder que são boas leis e bons exércitos, no entanto, o escritor dá um conselho para que os governantes tenham um bom exército composto pelos seus cidadãos, pois estes vão ser sempre fieis as suas ordens, diferente dos exércitos mistos e mercenários.
Nenhum príncipe pode ter segurança sem o seu próprio exército, pois caso esteja sem ele dependera inteiramente da sorte, porque não terá meios confiáveis de defesa. O soberano prudente deve sempre está treinando a sua o seu exército para a guerra, pois acontecendo qualquer imprevisto o Rei vai sempre resistir os golpes dos seus adversários.
Maquiavel aconselha as pessoas que desejam o poder, para que saibam conduzir os súditos e os aliados. É necessário que o governante não provoque escândalos, pois isso ajudará manter no poder.
Para o governante manter-se no poder é necessário ostentar um pouco a sua riqueza, pois o povo gosta de ver, mas Maquiavel adverte que não deve explorar muito o povo, pois se não estes podem se revoltar contra o seu soberano.
Todos os Príncipes devem preferir ser considerados clementes, e não cruéis. Porém deve se saber usar essa clemência. Quando o objetivo é manter o povo unido e leal, o Príncipe não deve se importar em ser tido por cruel; os Príncipes novos no poder não podem fugir da reputação de cruel, pois estes estados são os mais perigosos.
Seria bom que o Príncipe fosse ao mesmo tempo amada e temido, mas como essa junção é difícil, é preferível que seja temido. Temido de forma que, se não é possível conseguir o amor de seus súditos, se evite o ódio; o que é conseguido não atentando contra as mulheres e os bens dos súditos e cidadãos. Se for necessário que o Príncipe decrete a execução alguém, que este dê um bom motivo.
É esperado de um Príncipe que mantenha sua palavra empenhada, e viver com integridade e não com astúcia. Todavia nem sempre o Príncipe pode agir com boa-fé, principalmente quando é necessário para isso ele ir contra os próprios interesses e quando os motivos para que mantenha a palavra não existam mais. Pode-se lutar de duas formas: pela lei e pela força. Sendo a primeira própria dos homens; a segunda própria dos animais. Contudo uma não é duradoura sem a outra. Quando se é necessário que o Príncipe aja como um animal, deve saber agir como o leão e a raposa; o leão para afugentar os lobos e a raposa para fugir das armadilhas. O que importa para um Príncipe é a aparência que passa para os seus subordinados, muitas vezes sendo o contrário do que pensa o povo, mas conseguindo esconder o que se é de verdade.
Os Príncipes devem tomar o cuidado que suas decisões sejam irrevogáveis, e que as sustente de tal forma que a ninguém ocorra enganá-lo ou deslocá-lo. Os Príncipes devem se acautelar contra duas coisas: seus súditos e as potências estrangeiras. Contra as potências estrangeiras lhe servirá boas armas e bons amigos; contra as conspirações dos súditos lhe servirá não ser odiado, visto que o conspirador só executará seu plano se pensar que a morte do soberano satisfará o povo.
Disse Maquiavel: O Príncipe sábio deve fomentar astuciosamente alguma inimizade, se houver ocasião para tal, de modo a incrementar sua grandeza superando esse obstáculo.
Quanto às fortalezas, se o Príncipe teme seus súditos mais do que os estrangeiros, deve construí-las.
O soberano deve ter muita sabedoria antes de escolher as pessoas que o rodeiam para que estes sempre mantenham a fidelidade. Maquiavel orienta aquelas pessoas que estão no poder ter muito cuidado com os aduladores, uma forma de escapar desse perigo e escolher algumas pessoas para aconselhar, mas somente se o soberano quiser.
O Príncipe deve evitar os aduladores as cortes estão cheias, mostrando que não há ofensa em falar a verdade, todavia quando todos podem falar a verdade a uma pessoa, perdem-lhe o respeito. O Príncipe sábio tomará homens sábios como conselheiros, que falarão a verdade ao Príncipe, mas somente quando perguntados e sobre o que perguntados, assim o Príncipe não ouvirá mais ninguém. O Príncipe ouvirá seus conselheiros somente quando quiser, e as decisões tomarão sozinho.
Um novo soberano é sempre mais observado do que um soberano de antiga dinastia; quando o soberano novo faz atos virtuosos, estes cativarão mais os súditos do que os de um monarca de antiga dinastia. Deverá o monarca novo não falhar em outras coisas, fortalecendo seu Estado com boas leis, boas armas e bons exemplos.
Na visão de Maquiavel, tudo que acontece conosco é atribuído à sorte, mas metade disso podemos controlar. Para ele a sorte é como um rio, que quando este corre calmamente podemos construir diques e barragens para que quando as águas vierem com fúria, sejam desviadas e seu ímpeto seja menos selvagem e devastador. Maquiavel expressa o seu anseio pela libertação de sua pátria, a Itália. “Que vossa ilustre família possa, portanto, assumir esta tarefa com a coragem e as esperanças inspiradas por uma causa justa, de forma que, sob sua bandeira, nossa pátria volte a se levantar”.

V- METODOLOGIA DA AUTORIA
O autor utilizou-se do método de abordagem indutivo e do método de procedimento histórico.

VI- QUADRO DE REFERÊNCIA DA AUTORIA
Compreende-se de que a corrente de pensamento em que o autor se filia seja realismo político, justificado pela motivação do desejo de poder e segurança, tanto militar quanto econômico, em vez de se preocuparem com ideais ou com a ética.

VII- QUADRO DE REFERÊNCIA DO RESENHISTA
Os estudos têm procurado romper com a tradição de crítica do ponto de vista oral, ou com a utilização da obra de Maquiavel como instrumento ideológico. Procura-se determinar a contribuição específica que ele deu à história das ideias, especialmente aquilo que se refere aos domínios pertencentes à ciência política.

VIII- CRÍTICA DO RESENHISTA
Para o autor, o governante deve entender que os homens têm uma natureza maléfica e, portanto deve ser sempre cauteloso com o seu povo, ou seja, o príncipe não deveria ser bom demais, pois poderia perder a sua imagem de poder e severidade, nem deveria ser odiado pelo povo, temido sim, mas odiado não. O ódio levaria a revolta de sua população, e consequentemente a sua queda do poder, já o temor levaria ao respeito. Assim como, os meios de conseguir esse "respeito", ou seja, o poder de governo, propriamente dito, seriam justificados com os objetivos finais em sua trajetória, o príncipe, de acordo com Maquiavel, deve-se utilizar de todas as formas possíveis para governar, estas incluem o uso da mentira, do golpe, da corrupção, da promoção de uma falsa imagem, entre outros desvios de conduta, pois no final tudo seria justificado e válido.
Porém, Maquiavel afasta qualquer tipo de negativismo para com o príncipe, emanado de seu povo, e portanto o soberano deve ser sempre bem visto,  deve sempre manter o seu povo ocupado e distraído com espetáculos afim de evitar revoltas, ou qualquer outra atividade conspiratória, mas o bem a população tem que ser dosado pouco a pouco para que seja bem saboreado por ela.
O autor também foca bastante na estratégia bélica, afirma que a guerra é necessária para criar o sentimento de nacionalidade na população e para a concretização do poder do príncipe sobre o território, com isso o exército é necessário para a eliminação do inimigo do local dominado e toda violência é válida para submeter a sua vontade algo conquistado.
O uso da força, da imposição é abertamente apoiado por Maquiavel sempre que necessário para atingir algum objetivo político, e isso se observa na máxima "Os fins justificam os meios", ou como apóia o professor desta aluna que escreve agora, a correta tradução "Os meios necessários para os fins objetivados".
Resumindo, a obra explica e guia o príncipe desde sua forma comportamental até seu caráter político, como se fosse um mundo a parte, o mundo da política e das manipulações afim da conquista de um bem maior, por assim dizer, o grande objetivo político do poder. Maquiavel também aconselha na escolha dos conselheiros e ministros do governante. Afirma que os homens que estão em volta do  príncipe o definem, cito agora o famoso ditado para melhor entendimento, "Diz com quem andas que lhe direi quem és", é desta maneira que o autor  aconselha ser a decisão do príncipe, para ser bem aconselhado, tem que estar bem acompanhado, porém só o que é de uso necessário deve ser ouvido e acatado, o príncipe não se submete a ninguém e seus ministros escolhidos devem ser beneficiados com regalias para não sucumbirem ao desejo do poder, o desejo de desejar mais, já abusando da redundância.
Assim concluo que o governo de uma nação é algo tão humanamente complexo que dispõe de todos os meios possíveis e imagináveis para obter um poder estável do ponto de vista da governabililidade do soberano, transcendendo a ética, já que a mesma não tem definição nesse universo político, pois algum ato visto com um olhar de virtudes, no mesmo momento condenado, tem sua justificativa lá no futuro e sem ele, talvez, não tivesse esse beneficio futuramente. Com isso, de acordo com o autor, a política é a "arte do possível", vista de forma autônoma do universo social da ética, filosofia ou religião, e é muito importante para a caminhada da população junto a história.

IX - INDICAÇÕES DO RESENHISTA
A obra é um subsídio para os políticos empresários, governantes, líder de grupo e principalmente estudantes universitários do curso de Filosofia, história, Antropologia, Ciências Sociais e de um modo particular os estudantes de Ciência Política.



FACET – Faculdade de Ciências de Timbaúba
Aluno: João Henrique Oliveira de França
Curso: Ciências Contábeis
Disciplina: Filosofia da Ciência e Ética
Professora: Sueli Rodrigues de Albuquerque Ferreira
Timbaúba, 15 de novembro de 2012

I – OBRA
MARX, K.; ENGELS,F. Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. 160 p.

II – CREDENCIAIS DA AUTORIA
Karl Heinrch Marx, filósofo e economista alemão, nasceu em Trier (atual Alemanha Ocidental) em 5 de maio de 1818 . Em 1830, Marx iniciou seus estudos no Liceu Friedrich Wilhelm, em Tréveris.  Ingressou mais tarde na Universidade de Bonn para estudar Direito, transferindo-se no ano seguinte para a Universidade de Berlim. Em Berlim, Marx ingressou no Clube dos Doutores, que era liderado por Bruno Bauer. Ali perdeu interesse pelo Direito e se voltou para a Filosofia. Em 1841, obteve o título de doutor em Filosofia.
Em 1842, tornou-se redator-chefe da Gazeta Renana, um jornal da província de Colônia. Em 1843, tendo perdido o seu emprego de redator-chefe, mudou-se para Paris, assumindo a direção da publicação Anais Franco-Alemães e foi apresentado a diversas sociedades secretas de socialistas. Marx escreveu outras obras, como por exemplo, “O Capital”, “Salário, preço e lucro”, “Trabalho assalariado e Capital”, “Estatutos Gerais da Associação Internacional dos Trabalhadores”, entre outras. Em uma pesquisa realizada pela Radio 4, da BBC, em 2005, Marx foi eleito o maior filósofo de todos os tempos.
Engels desempenhou papel de destaque na elaboração da teoria comunista.  Nasceu em 28 de novembro de 1820, na cidade alemã de Wuppertal.  O filósofo cursou a escola secundária, abandonando-a um ano antes de se formar, assumindo por alguns anos a direção de uma das fábricas do pai em Manchester. Engels é comumente conhecido como um "partidário tático cruel", "ideólogo brutal", e "mestre estrategista" quando ele veio para purgar rivais em organizações políticas. Algumas das obras mais importantes para o desenvolvimento do marxismo são: “Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Clássica Alemã, do socialismo utópico ao científico” e “A origem da família, da propriedade privada e do Estado.”

III – CONCLUSÕES DA AUTORIA
Os autores fundamentam suas principais conclusões baseadas na ideia da necessidade dos proletários se organizarem em classe para que possam assim reverter a situação miserável na qual vivem. Segundo Marx e Engels, essa situação só pode ser revertida com o fim da propriedade privada, pois seria essa a causadora das grandes desigualdades sociais. Uma classe opressora, dona dos meios de produção, apenas acumulava capital com o trabalho de uma classe de oprimidos, que seriam os operários.  Os autores concluem que o comunismo era quem podia abolir o que eles chamavam de apropriação dos produtos sociais, onde a classe que mais trabalha apenas gera acúmulo de capital nas mãos dos burgueses.
Eles evidenciam ainda a questão política. Os mesmos dizem que se o proletariado atingirem o domínio político como classe, o desenvolvimento será para todos, assim não existirá mais a opressão da classe dominante sobre a classe dominada.

IV- DIGESTO
No capítulo 1, Marx e Engels destacam as formas de opressão social existentes anteriormente e citam a burguesia moderna como nova classe opressora. Eles destacam também quando a burguesia chegou ao poder e “substituiu” os valores anteriores pelo lucro.  Por outro lado, o avanço da tecnologia e da divisão do trabalho deixa o trabalhador bastante desmotivado com o trabalho, contribuindo assim para sua situação miserável.  Além disso, analisa o desenvolvimento de novas necessidades tecnológicas na indústria e de novas necessidades de consumo impostas ao mercado consumidor. Ainda no primeiro capítulo, os autores comentam sobre o surgimento do proletariado, e a condição pela qual são submetidos a trabalharem. O proletariado é tido apenas como uma ferramenta de trabalho, na qual apenas “auxiliam” o trabalho das máquinas. Os antigos artesãos agora ficam amontoados nas fábricas para garantir sua subsistência. Começa assim a surgir, as lutas revolucionárias dos proletários em relação a burguesia.
No segundo capítulo, os autores mostram as relações entre os proletários e os comunistas, fazendo comparações do comunismo com outros partidos. Descreve o comunismo como o único partido que pode transformar o proletariado em classe e conquistar o poder político. Começam a questionar o fim da propriedade privada, argumentando a exploração do trabalhador. Definem o fim da propriedade privada, como um ponto de desenvolvimento econômico para a sociedade, principalmente como um desenvolvimento justo, não apenas da burguesia.
No terceiro capítulo, os autores falam sobre os três tipos de socialismo. O socialismo reacionário, que seria uma forma de a elite conquistar a simpatia do povo, e mesmo tendo analisado as grandes contradições da sociedade, olhava-as do ponto de vista burguês e procurava manter as relações de produção e de troca; o socialismo conservador, com seu caráter reformador e anti-revolucionário; e o socialismo utópico, que apesar de fazer uma análise crítica da situação operária não se apóia em luta política, tornando a sociedade comunista inatingível.
O último capítulo fecha com as principais ideias do Manifesto, com destaque na questão da propriedade privada e motivando a união entre os operários. Marx e Engels terminam fazendo um estímulo aos operários de todos os países, para que os mesmos  possam se unirem.

V - METODOLOGIA DA AUTORIA
Os autores utilizam o método dialético. Percebe - se que os autores fazem comparações, tentando confrontar a realidade dos operários com a realidade da burguesia, o partido comunista com outros partidos, tentando assim chegar a uma síntese através desse confronto.
A obra é iniciada utilizando um método de procedimento histórico. Ocorre uma descrição das relações existentes entre as diferentes classes de épocas anteriores. O autor mostra todo um processo histórico para mostrar as relações sociais de desigualdade que ocorriam já anteriormente. Podemos perceber também no decorrer do livro, a utilização do método comparativo. São feitas diversas comparações, como por exemplo: comparações entre épocas diferentes, comparações entre diferentes classes sociais, entre outras.
É utilizada no livro a técnica da observação. Marx e Engels desenvolvem seus argumentos baseados na observação da situação de miséria em que vivem os proletários, enquanto uma classe opressora acumula capital, alastrando cada vez mais a diferença social existente entre as classes.

VI – QUADRO DE REFERÊNCIA DA AUTORIA
Marx se serve de três principais correntes do pensamento que se vinham desenvolvendo, na Europa: a dialética, a economia política inglesa e o socialismo. O materialismo dialético é o conceito central da filosofia marxista.  O materialismo dialético é o conceito central da filosofia marxista, mas Marx não se contentou em introduzir esta importante modificação apenas no terreno da filosofia. Desenvolveu o materialismo histórico. Como materialista, interessava-lhe descobrir a base material daquelas sociedades. A ele importava saber qual era a base econômica que sustentava estas sociedades: quem produzia, como produzia, com que produzia, para quem produzia e assim por diante.
A teoria da História de Marx e Engels foi elaborada a partir de uma questão bastante simples. Examinando o desenvolvimento histórico da Humanidade, pode-se facilmente notar que a filosofia, a religião, a moral, o direito, a indústria, o comércio etc., bem como as instituições onde estes valores são representados, não são sempre entendidos pelos homens da mesma maneira. Este fato é evidente: A religião na Grécia não é vista da mesma maneira que a religião em nossos dias, assim como a moral existente durante o Império Romano não é a mesma moral existente durante a idade média.

VII – QUADRO DE REFERÊNCIA DO RESENHISTA
A obra retrata, de forma crítica e utilizando uma linguagem simples, a relação existente entre duas classes sociais daquele período: a burguesia e o proletariado.
Os autores utilizam-se de argumentos e questionamentos para mostrar a distribuição desigual da renda entre empregados e empregadores. Marx e Engels questionam as condições de trabalho que a classe proletária era submetida, como carga horária excessiva e má remuneração. Os operários chegam a ser comparados com instrumentos de trabalho, que apenas desenvolvem suas atividades para satisfazerem as necessidades básicas de sobrevivência.
O acúmulo do capital oriundo das fábricas nas mãos da burguesia é um ponto bastante evidenciado no livro, que somado a propriedade privada, são colocados como responsáveis pela grande desigualdade social existente.
O livro defende a ideia de uma união entre os proletários, formando um partido, para que assim possam chegar ao domínio político e fazerem com que todos participem igualmente do capital, atingindo assim o comunismo. 

VIII – CRÍTICA DO RESENHISTA
O Manifesto do Partido Comunista, através de seus argumentos e ideias, fez a humanidade perceber um problema que vivemos até hoje: a exploração do trabalho e a concentração de renda nas mãos de uma minoria.
É indiscutível a importância da obra para o avanço da ciência. Marx e Engels desenvolveram uma obra considerada revolucionária até hoje. Quando passam a questionar a desigualdade social através de um “olhar crítico”. Olhar esse fundamental para que a sociedade pudesse perceber a necessidade de mudança e questionassem seus direitos trabalhistas. Foi sem dúvidas e muito para uma sociedade que vivia “escrava do capital”.
Marx e Engels desenvolvem sua obra com uma personalidade crítica, inovadora e de não aceitação da realidade, sempre questionando a realidade das coisas e buscando avanços, soluções para os problemas encontrados.

IX – INDICAÇÕES DO RESENHISTA
A obra é indicada para leitores em geral, pois apesar de ser um documento de importantíssimo valor histórico, utiliza uma linguagem simples, de fácil compreensão.
O Manifesto do Partido Comunista, em geral, fornece subsídios para o estudo de diversas disciplinas, mas em especial, seu conteúdo se identifica bastante com sociologia, filosofia e história, pois acima de tudo, Marx e Engels desenvolveram uma obra revolucionária.
O livro pode ser adotado no ensino médio nas matérias anteriormente citadas e também em diversos cursos de graduação como: direito, ciências contábeis, filosofia, administração, sociologia, entre outros.

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Auguste Rodin

Auguste Rodin é um dos mais importantes escultores em bronze da modernidade e sua colaboração para a arte moderna é incalculável. Auguste Rodin nasceu na França em 12 de novembro de 1940, vinha de uma família de classe operaria. Filho de Marie Cheffer e Jean-Baptiste Rodin, foi educado tradicionalmente. Desde criança dava indícios da sua inclinação para a arte e em grande parte da sua vida foi autodidata. Aprendeu a desenhar aos 10 anos e aos 14 foi matriculado na Petite École uma escola de artes onde estudou desenho e pintura. Estudou, também, por conta própria, anatomia humana, utilizando mais tarde estes conhecimentos em suas esculturas. Após deixar esta escola e ser rejeitado em outra escola de artes, Rodin ganhou a vida durante muito tempo como artesão. Mais ou menos nesse período, estudou com Antoine-Louis Barye, grande escultor de animais, o qual lhe influenciou significativamente na sua carreira. Nesse período conheceu e passou a viver com uma jovem costureira chamada Rose Beuret com quem teve apenas um filho.

Decidido na carreira de escultor, especializou-se na criação de esculturas em bronze. Uma de suas primeiras esculturas “O homem de nariz partido”, no entanto, foi rejeitada para o Salão de 1864, considerada inacabada pela banca examinadora devido a superfície vigorosamente enrugada, produzindo no bronze um jogo de reflexões que muda conforme a luz. Um estilo de esculpir possivelmente influenciado por Antoine-Louis Barye.

Sua primeira escultura exposta publicamente foi “A idade do bronze” em 1876, provocando grande escândalo em função dos contornos classificados como chocantes para a época. Apenas dois anos mais tarde, Auguste Rodin alcançou reconhecimento com a obra “São João Batista pregando”. Fama que lhe rendeu a encomenda de inúmeros outros trabalhos, entre eles, a “Porta do Inferno”, uma porta em bronze para o Museu de Artes Decorativas de Paris. A “Porta do Inferno” foi baseada na obra literária “Divina Comédia” de Dante Alighieri e traz cerca de 180 figuras de vários tamanhos nas quais o artista trabalhou até o fim da sua vida.

Rodin foi, também, responsável pela criação de outras obras como “O Beijo”, “O Pensador”, “Balzac”, “Os burgueses de Calais”, “O filho Pródigo”, “A voz interior”.

As esculturas de Rodin eram de um vigor escultórico que pareciam emergir da base em bronze, marcando em seus trabalhos um jogo de luz e sombra. O artista tinha a tendência de ausentar suas peças de pormenores. Além disso, Rodin frequentemente inspirava-se na mitologia e na literatura para dar forma a matéria. Auguste Rodin abriu caminho para a geração seguinte de escultores modernos.

Quase no fim da vida, em 1900, Rodin foi contemplado com um pavilhão inteiro - o Pavilhão das Almas, da Exposição Universal foi destinado aos trabalhos do artista, reunindo ao todo 150 obras.

Rodin morreu em 17 de novembro de

1917 na França. Grande parte de suas obras estão expostas no Museu Rodin em Paris.

Referência:

H.W.Janson. História Geral da Arte – O Mundo Moderno. Martins Fontes: São Paulo, 2001.



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