FACET
– Faculdade de Ciências de Timbaúba
Curso: Ciências Contábeis
2º Período Turma: A
Disciplina:
Filosofia
da Ciência e Ética
Professor:
Sueli Rodrigues
Aluna: Daniele
Mendes da Silva
I. OBRA
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe: com notas de Napoleão Bonaparte. Machivelli, Niccoló
Traduzido por José. Cretella Jr. e Agnes Cretella. 5 ed. Ver. Da tradução. p.190
– São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
II.
CREDENCIAIS DA AUTORIA
Nicolau
Maquiavel foi um importante historiador, diplomata, filósofo, estadista e
político italiano da época do Renascimento. Nasceu na cidade italiana de Florença em
3 de maio de 1469 e morreu, na mesma cidade, em 21 de junho de 1527.
Filho de pais pobres, Maquiavel desde cedo se
interessou pelos estudos. Aos sete anos de idade começou a aprender latim. Logo
depois passou a estudar ábaco e língua grega antiga.
Aos 29 anos de idade, ingressou na vida política,
exercendo o cargo de secretário da Segunda Chancelaria da República de
Florença. Porém, com a restauração da família Médici ao poder, Maquiavel foi
afastado da vida pública. Nesta época, passou a dedicar seu tempo e
conhecimentos para a produção de obras de análise política e social.
Em 1513, escreveu sua obra mais importante e famosa
“O Príncipe”. Nesta obra, Maquiavel aconselha os governantes como governar e
manter o poder absoluto, mesmo que tenha que usar a força militar e fazer
inimigos. Esta obra, que tentava resgatar o sentimento cívico do povo italiano,
situava-se dentro do contexto do ideal de unificação italiana.
Entre os anos de 1517 e 1520, escreveu “A arte da
guerra”, um dos livros menos lidos do autor.
Em 1520, Maquiavel foi indicado como o principal
historiador de Florença.
Nos “Discursos sobre a primeira década de Tito
Lívio”, de 1513 a 1521, Maquiavel defende a forma de governo republicana com
uma constituição mista,
de acordo com o modelo da República de Roma Antiga. Defende também a
necessidade de uma cultura política sem corrupção, pautada por princípios
morais e éticos.
III- CONCLUSÕES
DA AUTORIA
Maquiavel queria mostrar a contradição entre
governar um estado e ao mesmo tempo levar uma vida moral. Tratando sem
hipocrisia como um governante deveria agir, ele acabou com uma má fama. Porém,
o que ele fez foi desenvolver uma teoria política realista.
IV-
DIGESTO
Os Estados e
os governos tiveram ou têm poder sobre os homens são repúblicas ou principados.
Apontam quais são as duas formas de como o governante chega ao poder, uma pela
virtude e outra pela fortuna.
Os Principados Hereditários tem mais facilidade, por fazerem parte de uma
família nobre, pois tem direitos ao poder.
O difícil é manter os principados novos que na verdade não são novos, e
sim mistos por terem sido incorporados a um Estado hereditário. Pois precisa de apoio para poder ser manter no lugar que
conquistou.
O príncipe,
conseguindo com que se tornem inimigos todos aqueles que foram incomodados e
ofendidos com sua conquista do território, ganhará forças, e diminuirá o risco
de perder sua posição, da mesma forma se conseguir reconquistar regiões
rebeladas, estas dificilmente lhe serão tomadas.
“Porque
razão o Reino de Dário, que Alexandre havia ocupado não se rebelou contra seus
sucessores após a morte de Alexandre” Maquiavel responde esse questionamento
mostrando duas formas de como o principado é governado: o príncipe com o seu
ministro têm maior poder para governa, e a outra forma de governo é o príncipe
governando junto com nobres com títulos não dado pelo soberano, mas pela
nobreza de sangue, já é mais difícil de governar.
Os Estados que se conquistam
estão habituados a viver com suas próprias leis e em liberdade deveriam seguir
três caminhos nessa situação: o primeiro é
destruí-los; o segundo transferir a residência do soberano para o local
conquistado, e o terceiro são deixar o povo viver na sua antiga lei cobrando
somente impostos.
Alguns
conquistadores chegaram ao poder pelo valor e não pela fortuna como, por
exemplo, Moisés, Ciro, Rômulo e Teseu.
Os que por caminhos nobres, semelhantes a eles, se
tornaram príncipes, conquistaram o principado com dificuldades, mas não com
facilidade.
Aqueles que conseguem o poder pela fortuna ou sorte devem
fazer de tudo
Para adquirir o valor, ou esse governante vai se
destituído do poder. São Francisco Sforza, por
seus méritos e por seu grande valor, se tornou duque de Milão e o que
conquistou com trabalho pelos meios devidos e com grande virtude, e
aquilo que com mil esforços tinha conquistado, com pouco trabalho manteve. Por
outro lado, César Bórgia, pelo povo chamado Duque Valentino, adquiriu o Estado
com a fortuna do pai e, juntamente com aquela, o perdeu; isso não obstante
fossem por ele utilizados todos os meios e feito tudo aquilo que devia ser
efetivado por um homem prudente e virtuoso, para lançar raízes naqueles Estados
que as armas e a fortuna de outrem lhe tinham concedido.
Atos criminosos chegaram ao governo de
um Estado, Maquiavel cita alguns exemplos de como algumas pessoas chegaram ao
poder pelos crimes, e afirma que se o soberano quer se manter no poder, deve
sempre moderar a sua forma bruta usando-a de maneira racional.
Um cidadão que chega ao poder, ou por
ajuda do povo ou pela aristocracia e afirma que é mais fácil deste príncipe se
manter no poder apoiado pelo povo do que pelos ricos, por esse motivo o monarca
deve sempre encontrar uma maneira para que os seus súditos permaneçam sempre fiéis.
Para que o soberano possa se manter no poder é necessário pensar em montar um
bom exército para a proteção da cidade e ter apoio do povo.
Os principados eclesiásticos, nos quais todas as
dificuldades existem antes que se os possuam, eis que são adquiridos ou pela
virtude ou pela fortuna, e sem uma e outra se conservam, porque são sustentados
pelas ordens de há muito estabelecidas na religião; estas se tornam tão fortes
e de tal natureza que mantêm os seus príncipes sempre no poder, seja qual for o
modo por que procedam e vivam.
Principado tem mais facilidade de se
manter no poder, pois a Igreja tem um poder temporal, por isso que sua
estrutura é sólida não correndo o risco de ser disposto. O sistema de defesa
usado pelos monarcas para se manter no poder que são boas leis e bons
exércitos, no entanto, o escritor dá um conselho para que os governantes tenham
um bom exército composto pelos seus cidadãos, pois estes vão ser sempre fieis
as suas ordens, diferente dos exércitos mistos e mercenários.
Nenhum príncipe pode ter segurança sem o
seu próprio exército, pois caso esteja sem ele dependera inteiramente da sorte,
porque não terá meios confiáveis de defesa. O soberano prudente deve sempre
está treinando a sua o seu exército para a guerra, pois acontecendo qualquer
imprevisto o Rei vai sempre resistir os golpes dos seus adversários.
Maquiavel aconselha as pessoas que
desejam o poder, para que saibam conduzir os súditos e os aliados. É necessário
que o governante não provoque escândalos, pois isso ajudará manter no poder.
Para o governante manter-se no poder é
necessário ostentar um pouco a sua riqueza, pois o povo gosta de ver, mas
Maquiavel adverte que não deve explorar muito o povo, pois se não estes podem
se revoltar contra o seu soberano.
Todos os Príncipes devem preferir ser
considerados clementes, e não cruéis. Porém deve se saber usar essa clemência.
Quando o objetivo é manter o povo unido e leal, o Príncipe não deve se importar em ser tido por cruel; os Príncipes novos no poder não podem
fugir da reputação de cruel, pois estes estados são os mais perigosos.
Seria bom
que o Príncipe fosse ao mesmo
tempo amada e temido, mas como essa junção é difícil, é preferível que seja
temido. Temido de forma que, se não é possível conseguir o amor de seus
súditos, se evite o ódio; o que é conseguido não atentando contra as mulheres e
os bens dos súditos e cidadãos. Se for necessário que o Príncipe decrete a execução alguém, que este dê um bom motivo.
É esperado de um Príncipe que
mantenha sua palavra empenhada, e viver com integridade e não com astúcia.
Todavia nem sempre o Príncipe pode
agir com boa-fé, principalmente quando é necessário para isso ele ir contra os
próprios interesses e quando os motivos para que mantenha a palavra não existam
mais. Pode-se lutar de duas formas: pela lei e pela força. Sendo a primeira
própria dos homens; a segunda própria dos animais. Contudo uma não é duradoura
sem a outra. Quando se é necessário que o Príncipe aja
como um animal, deve saber agir como o leão e a raposa; o leão para afugentar
os lobos e a raposa para fugir das armadilhas. O que importa para um Príncipe é a aparência que passa para os seus
subordinados, muitas vezes sendo o contrário do que pensa o povo, mas
conseguindo esconder o que se é de verdade.
Os Príncipes devem tomar
o cuidado que suas decisões sejam irrevogáveis, e que as sustente de tal forma
que a ninguém ocorra enganá-lo ou deslocá-lo. Os Príncipes
devem se acautelar contra duas coisas: seus súditos e as potências estrangeiras.
Contra as potências estrangeiras lhe servirá boas armas e bons amigos; contra
as conspirações dos súditos lhe servirá não ser odiado, visto que o conspirador
só executará seu plano se pensar que a morte do soberano satisfará o povo.
Disse Maquiavel:
O Príncipe sábio deve
fomentar astuciosamente alguma inimizade, se houver ocasião para tal, de modo a
incrementar sua grandeza superando esse obstáculo.
Quanto às
fortalezas, se o Príncipe teme
seus súditos mais do que os estrangeiros, deve construí-las.
O soberano deve ter muita sabedoria antes de escolher as
pessoas que o rodeiam para que estes sempre mantenham a fidelidade. Maquiavel
orienta aquelas pessoas que estão no poder ter muito cuidado com os aduladores,
uma forma de escapar desse perigo e escolher algumas pessoas para aconselhar,
mas somente se o soberano quiser.
O Príncipe deve evitar os aduladores as cortes
estão cheias, mostrando que não há ofensa em falar a verdade, todavia quando
todos podem falar a verdade a uma pessoa, perdem-lhe o respeito. O Príncipe sábio tomará homens sábios como
conselheiros, que falarão a verdade ao Príncipe, mas somente quando perguntados e
sobre o que perguntados, assim o Príncipe não
ouvirá mais ninguém. O Príncipe ouvirá
seus conselheiros somente quando quiser, e as decisões tomarão sozinho.
Um novo soberano é sempre mais observado
do que um soberano de antiga dinastia; quando o soberano novo faz atos
virtuosos, estes cativarão mais os súditos do que os de um monarca de antiga
dinastia. Deverá o monarca novo não falhar em outras coisas, fortalecendo seu
Estado com boas leis, boas armas e bons exemplos.
Na visão de Maquiavel, tudo que acontece
conosco é atribuído à sorte, mas metade disso podemos controlar. Para ele a
sorte é como um rio, que quando este corre calmamente podemos construir diques
e barragens para que quando as águas vierem com fúria, sejam desviadas e seu
ímpeto seja menos selvagem e devastador. Maquiavel expressa o seu anseio pela
libertação de sua pátria, a Itália. “Que vossa ilustre família possa, portanto,
assumir esta tarefa com a coragem e as esperanças inspiradas por uma causa
justa, de forma que, sob sua bandeira, nossa pátria volte a se levantar”.
V- METODOLOGIA DA AUTORIA
O autor utilizou-se do método de abordagem indutivo e do método de
procedimento histórico.
VI- QUADRO DE REFERÊNCIA
DA AUTORIA
Compreende-se
de que a corrente de pensamento em que o autor se filia seja realismo político,
justificado pela motivação do desejo de poder e segurança, tanto militar quanto
econômico, em vez de se preocuparem com ideais ou com a ética.
VII- QUADRO DE REFERÊNCIA DO RESENHISTA
Os estudos
têm procurado romper com a tradição de crítica do ponto de vista oral, ou com a
utilização da obra de Maquiavel como instrumento ideológico. Procura-se
determinar a contribuição específica que ele deu à história das ideias,
especialmente aquilo que se refere aos domínios pertencentes à ciência
política.
VIII- CRÍTICA DO RESENHISTA
Para o autor, o governante deve entender que os
homens têm uma natureza maléfica e, portanto deve ser sempre cauteloso com o
seu povo, ou seja, o príncipe não deveria ser bom demais, pois poderia perder a
sua imagem de poder e severidade, nem deveria ser odiado pelo povo, temido sim,
mas odiado não. O ódio levaria a revolta de sua população, e consequentemente a
sua queda do poder, já o temor levaria ao respeito. Assim como, os meios de
conseguir esse "respeito", ou seja, o poder de governo, propriamente
dito, seriam justificados com os objetivos finais em sua trajetória, o
príncipe, de acordo com Maquiavel, deve-se utilizar de todas as formas
possíveis para governar, estas incluem o uso da mentira, do golpe, da
corrupção, da promoção de uma falsa imagem, entre outros desvios de conduta,
pois no final tudo seria justificado e válido.
Porém, Maquiavel afasta qualquer tipo de
negativismo para com o príncipe, emanado de seu povo, e portanto o soberano
deve ser sempre bem visto, deve sempre
manter o seu povo ocupado e distraído com espetáculos afim de evitar revoltas,
ou qualquer outra atividade conspiratória, mas o bem a população tem que ser
dosado pouco a pouco para que seja bem saboreado por ela.
O autor também foca bastante na estratégia bélica,
afirma que a guerra é necessária para criar o sentimento de nacionalidade na
população e para a concretização do poder do príncipe sobre o território, com
isso o exército é necessário para a eliminação do inimigo do local dominado e
toda violência é válida para submeter a sua vontade algo conquistado.
O uso da força, da imposição é abertamente apoiado
por Maquiavel sempre que necessário para atingir algum objetivo político, e
isso se observa na máxima "Os fins justificam os meios", ou como
apóia o professor desta aluna que escreve agora, a correta tradução "Os
meios necessários para os fins objetivados".
Resumindo, a obra explica e guia o príncipe desde
sua forma comportamental até seu caráter político, como se fosse um mundo a
parte, o mundo da política e das manipulações afim da conquista de um bem
maior, por assim dizer, o grande objetivo político do poder. Maquiavel também
aconselha na escolha dos conselheiros e ministros do governante. Afirma que os
homens que estão em volta do príncipe o
definem, cito agora o famoso ditado para melhor entendimento, "Diz com
quem andas que lhe direi quem és", é desta maneira que o autor aconselha ser a decisão do príncipe, para ser
bem aconselhado, tem que estar bem acompanhado, porém só o que é de uso
necessário deve ser ouvido e acatado, o príncipe não se submete a ninguém e
seus ministros escolhidos devem ser beneficiados com regalias para não
sucumbirem ao desejo do poder, o desejo de desejar mais, já abusando da
redundância.
Assim concluo que o governo de uma nação é algo tão
humanamente complexo que dispõe de todos os meios possíveis e imagináveis para
obter um poder estável do ponto de vista da governabililidade do soberano,
transcendendo a ética, já que a mesma não tem definição nesse universo
político, pois algum ato visto com um olhar de virtudes, no mesmo momento
condenado, tem sua justificativa lá no futuro e sem ele, talvez, não tivesse
esse beneficio futuramente. Com isso, de acordo com o autor, a política é a
"arte do possível", vista de forma autônoma do universo social da
ética, filosofia ou religião, e é muito importante para a caminhada da
população junto a história.
IX - INDICAÇÕES DO RESENHISTA
A obra é um
subsídio para os políticos empresários, governantes, líder de grupo e
principalmente estudantes universitários do curso de Filosofia, história,
Antropologia, Ciências Sociais e de um modo particular os estudantes de Ciência
Política.
FACET – Faculdade de Ciências de
Timbaúba
Aluno:
João Henrique Oliveira de França
Curso:
Ciências Contábeis
Disciplina:
Filosofia
da Ciência e Ética
Professora:
Sueli Rodrigues de Albuquerque Ferreira
Timbaúba, 15 de novembro de 2012
I –
OBRA
MARX, K.; ENGELS,F. Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2011. 160 p.
II –
CREDENCIAIS DA AUTORIA
Karl Heinrch Marx, filósofo e economista alemão,
nasceu em Trier (atual Alemanha Ocidental) em 5 de maio de 1818 . Em
1830, Marx iniciou seus estudos no Liceu Friedrich Wilhelm, em Tréveris. Ingressou mais tarde na Universidade de Bonn
para estudar Direito, transferindo-se no ano seguinte para a Universidade de
Berlim. Em Berlim, Marx ingressou no Clube dos Doutores, que era liderado por
Bruno Bauer. Ali perdeu interesse pelo Direito e se voltou para a Filosofia. Em
1841, obteve o título de doutor em Filosofia.
Em 1842, tornou-se
redator-chefe da Gazeta Renana, um jornal da província de Colônia. Em 1843,
tendo perdido o seu emprego de redator-chefe, mudou-se para Paris, assumindo a
direção da publicação Anais Franco-Alemães e foi apresentado a diversas
sociedades secretas de socialistas. Marx escreveu outras obras, como por
exemplo, “O Capital”, “Salário, preço e lucro”, “Trabalho assalariado e
Capital”, “Estatutos Gerais da Associação Internacional dos Trabalhadores”,
entre outras. Em uma pesquisa realizada pela Radio 4, da BBC, em 2005, Marx foi
eleito o maior filósofo de todos os tempos.
Engels desempenhou papel de
destaque na elaboração da teoria comunista.
Nasceu em 28 de novembro de 1820, na cidade alemã de Wuppertal. O filósofo cursou a escola secundária,
abandonando-a um ano antes de se formar, assumindo por alguns anos a direção de
uma das fábricas do pai em Manchester. Engels é comumente conhecido como um
"partidário tático cruel", "ideólogo brutal", e
"mestre estrategista" quando ele veio para purgar rivais em
organizações políticas. Algumas das obras mais importantes para o
desenvolvimento do marxismo são: “Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia
Clássica Alemã, do socialismo utópico ao científico” e “A origem da
família, da propriedade privada e do Estado.”
III
– CONCLUSÕES DA AUTORIA
Os autores fundamentam suas
principais conclusões baseadas na ideia da necessidade dos proletários se
organizarem em classe para que possam assim reverter a situação miserável na
qual vivem. Segundo Marx e Engels, essa situação só pode ser revertida com o
fim da propriedade privada, pois seria essa a causadora das grandes
desigualdades sociais. Uma classe opressora, dona dos meios de produção, apenas
acumulava capital com o trabalho de uma classe de oprimidos, que seriam os
operários. Os autores concluem que o
comunismo era quem podia abolir o que eles chamavam de apropriação dos produtos
sociais, onde a classe que mais trabalha apenas gera acúmulo de capital nas
mãos dos burgueses.
Eles evidenciam ainda a
questão política. Os mesmos dizem que se o proletariado atingirem o domínio
político como classe, o desenvolvimento será para todos, assim não existirá
mais a opressão da classe dominante sobre a classe dominada.
IV-
DIGESTO
No capítulo 1, Marx e Engels
destacam as formas de opressão social existentes anteriormente e citam a
burguesia moderna como nova classe opressora. Eles destacam também quando a
burguesia chegou ao poder e “substituiu” os valores anteriores pelo lucro. Por outro lado, o avanço da tecnologia e da
divisão do trabalho deixa o trabalhador bastante desmotivado com o trabalho,
contribuindo assim para sua situação miserável.
Além disso, analisa o desenvolvimento de novas necessidades tecnológicas
na indústria e de novas necessidades de consumo impostas ao mercado consumidor.
Ainda no primeiro capítulo, os autores comentam sobre o surgimento do
proletariado, e a condição pela qual são submetidos a trabalharem. O
proletariado é tido apenas como uma ferramenta de trabalho, na qual apenas
“auxiliam” o trabalho das máquinas. Os antigos artesãos agora ficam amontoados
nas fábricas para garantir sua subsistência. Começa assim a surgir, as lutas
revolucionárias dos proletários em relação a burguesia.
No segundo capítulo, os
autores mostram as relações entre os proletários e os comunistas, fazendo
comparações do comunismo com outros partidos. Descreve o comunismo como o único
partido que pode transformar o proletariado em classe e conquistar o poder
político. Começam a questionar o fim da propriedade privada, argumentando a
exploração do trabalhador. Definem o fim da propriedade privada, como um ponto
de desenvolvimento econômico para a sociedade, principalmente como um
desenvolvimento justo, não apenas da burguesia.
No terceiro capítulo, os
autores falam sobre os três tipos de socialismo. O socialismo reacionário, que
seria uma forma de a elite conquistar a simpatia do povo, e mesmo tendo
analisado as grandes contradições da sociedade, olhava-as do ponto de vista
burguês e procurava manter as relações de produção e de troca; o socialismo
conservador, com seu caráter reformador e anti-revolucionário; e o socialismo
utópico, que apesar de fazer uma análise crítica da situação operária não se apóia
em luta política, tornando a sociedade comunista inatingível.
O último capítulo fecha com
as principais ideias do Manifesto, com destaque na questão da propriedade
privada e motivando a união entre os operários. Marx e Engels terminam fazendo
um estímulo aos operários de todos os países, para que os mesmos possam se unirem.
V -
METODOLOGIA DA AUTORIA
Os autores utilizam o método
dialético. Percebe - se que os autores fazem comparações, tentando confrontar a
realidade dos operários com a realidade da burguesia, o partido comunista com
outros partidos, tentando assim chegar a uma síntese através desse confronto.
A obra é iniciada utilizando
um método de procedimento histórico. Ocorre uma descrição das relações
existentes entre as diferentes classes de épocas anteriores. O autor mostra
todo um processo histórico para mostrar as relações sociais de desigualdade que
ocorriam já anteriormente. Podemos perceber também no decorrer do livro, a
utilização do método comparativo. São feitas diversas comparações, como por
exemplo: comparações entre épocas diferentes, comparações entre diferentes
classes sociais, entre outras.
É utilizada no livro a
técnica da observação. Marx e Engels desenvolvem seus argumentos baseados na
observação da situação de miséria em que vivem os proletários, enquanto uma
classe opressora acumula capital, alastrando cada vez mais a diferença social
existente entre as classes.
VI –
QUADRO DE REFERÊNCIA DA AUTORIA
Marx se serve de três
principais correntes do pensamento que se vinham desenvolvendo, na Europa: a
dialética, a economia política inglesa e o socialismo. O materialismo dialético
é o conceito central da filosofia marxista.
O materialismo dialético é o conceito central da filosofia marxista, mas
Marx não se contentou em introduzir esta importante modificação apenas no
terreno da filosofia. Desenvolveu o materialismo histórico. Como materialista,
interessava-lhe descobrir a base material daquelas sociedades. A ele importava
saber qual era a base econômica que sustentava estas sociedades: quem produzia,
como produzia, com que produzia, para quem produzia e assim por diante.
A teoria da História de Marx
e Engels foi elaborada a partir de uma questão bastante simples. Examinando o
desenvolvimento histórico da Humanidade, pode-se facilmente notar que a
filosofia, a religião, a moral, o direito, a indústria, o comércio etc., bem
como as instituições onde estes valores são representados, não são sempre
entendidos pelos homens da mesma maneira. Este fato é evidente: A religião na
Grécia não é vista da mesma maneira que a religião em nossos dias, assim como a
moral existente durante o Império Romano não é a mesma moral existente durante
a idade média.
VII
– QUADRO DE REFERÊNCIA DO RESENHISTA
A obra retrata, de forma crítica
e utilizando uma linguagem simples, a relação existente entre duas classes
sociais daquele período: a burguesia e o proletariado.
Os autores utilizam-se de
argumentos e questionamentos para mostrar a distribuição desigual da renda
entre empregados e empregadores. Marx e Engels questionam as condições de
trabalho que a classe proletária era submetida, como carga horária excessiva e má
remuneração. Os operários chegam a ser comparados com instrumentos de trabalho,
que apenas desenvolvem suas atividades para satisfazerem as necessidades
básicas de sobrevivência.
O acúmulo do capital oriundo
das fábricas nas mãos da burguesia é um ponto bastante evidenciado no livro,
que somado a propriedade privada, são colocados como responsáveis pela grande
desigualdade social existente.
O livro defende a ideia de
uma união entre os proletários, formando um partido, para que assim possam
chegar ao domínio político e fazerem com que todos participem igualmente do
capital, atingindo assim o comunismo.
VIII
– CRÍTICA DO RESENHISTA
O Manifesto do Partido
Comunista, através de seus argumentos e ideias, fez a humanidade perceber um
problema que vivemos até hoje: a exploração do trabalho e a concentração de
renda nas mãos de uma minoria.
É indiscutível a importância
da obra para o avanço da ciência. Marx e Engels desenvolveram uma obra
considerada revolucionária até hoje. Quando passam a questionar a desigualdade
social através de um “olhar crítico”. Olhar esse fundamental para que a
sociedade pudesse perceber a necessidade de mudança e questionassem seus
direitos trabalhistas. Foi sem dúvidas e muito para uma sociedade que vivia
“escrava do capital”.
Marx e Engels desenvolvem
sua obra com uma personalidade crítica, inovadora e de não aceitação da
realidade, sempre questionando a realidade das coisas e buscando avanços,
soluções para os problemas encontrados.
IX –
INDICAÇÕES DO RESENHISTA
A obra é indicada para
leitores em geral, pois apesar de ser um documento de importantíssimo valor
histórico, utiliza uma linguagem simples, de fácil compreensão.
O Manifesto do Partido
Comunista, em geral, fornece subsídios para o estudo de diversas disciplinas,
mas em especial, seu conteúdo se identifica bastante com sociologia, filosofia
e história, pois acima de tudo, Marx e Engels desenvolveram uma obra
revolucionária.
O livro pode ser adotado no
ensino médio nas matérias anteriormente citadas e também em diversos cursos de
graduação como: direito, ciências contábeis, filosofia, administração,
sociologia, entre outros.
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